quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

FANTASIA DE CARNAVAL



ESTE É UM TRABALHO MANUAL

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domingo, 11 de janeiro de 2009

O questionador


Salvatore de Andrade é um personagem de fabulas propagada por seu fiel escudeiro Armando Gomes; um historiador de corpo e alma ou simplesmente um puxa saco que vive na dependência das migalhas lançadas em sua faminta boca.
Conta o fanfarrão que o homem, (por ele assim identificado) cavalgava com seu corcel negro em sua fazenda no alto da serra do cachimbo, apreciando o luar que naquela noite imperava na região. Cerca de quatrocentos e noventa metros além da gruta de pedra, próximo ao riacho dos aflitos, o homem avistou um facho de luz descomunal que lançava seu foco na Pedra Dura.
Pedra Dura é um conhecido ponto turístico na região onde os amantes do naturalismo transitam exibindo seus dotes presenteados pelo criador.
Armando ao ser interrompido em sua narrativa por Tiburcio, um cidadão que acabara de ingerir uma dose excessiva da mais pura cachaça; chega jurar fidelidade a seus contos, vez que o ébrio senhor duvidara que alguém cavalgasse a noite sozinha em seu corcel negro e ainda por cima avistasse um objeto voador não identificado.
Retrocedendo ao ponto da discórdia para uma melhor clareza as palavras de bebum foram as seguintes: ``Deixa de contar mentira Armando. “Se o seu patrão esta cavalgando a noite com seu belo cavalo preto e avistou um disco voador eu é quem estava pilotando aquela aeronave” (soluçando em seguida e causando um mal estar tremendo em face aos demais ouvintes provocando uma série de risos e deboches).
A curiosidade era tamanha que passado o mal estar os apreciadores do conto pediu a Armando que concluísse sua narrativa, o que acabou acontecendo em seguida, porem, desta feita buscava ele uma afirmativa em qualquer um de seus ouvintes após a conclusão de uma frase.
Gomes afirmava que a luz oriunda do O.V.N.I. não fora percebida pelos naturalistas freqüentadores do local, mas que esta ao ser acompanhado pelo homem, indicou o exato local onde fora encontrada a maior esmeralda já vista pela humanidade, a qual pesava cerca de dez quilos e agora esta sob a guarda do Banco Gericoara.
Não suportando a ilusória exposição de fatos o pé de cana novamente interrompeu o contador de estória prosseguindo: ”só falta você me dizer que seu patrão casou com a alienígena que desceu do disco voador e presenteou-a com a esmeralda”; foi quando Armando Gomes se posicionou defronte ao questionador perguntando-lhe: “meu patrão já lhe contou essa história? Foi justamente o que aconteceu naquele dia.
Realidade ou quimera?

sábado, 3 de janeiro de 2009

Novo tempo



Todo mundo é filho da outra até que me provem ao contrário; assim começava a narrativa de Elias Carlos no primeiro minuto do novo ano. Percebi naquele exato instante que as horas subseqüentes seriam deveras temerosas, pois tinha o conhecimento necessário de que Carlinhos (assim o conheço) no submundo da melancolia é doutorado.
No logo período de estágio relacionado ao desgosto da própria vida, ele almoçava e jantava tristeza profunda nas constantes recaídas das desilusões mundanas.
Havia certo clima no ar de que na eminente premunição, o figura cairia no abismo da saudade no primeiro acorde musical do ano novo.
Sabe! Confesso que nunca fui muito de paparicar o Carlinhos mais por outro lado, quando a depressão o ataca a coisa é seria demais. Ele tem a capacidade de contagiar a todos que os circundam e quando o a maré é de tormentas temos que sobrepor suas idéias, caso contrário, teremos ao nosso lado um batalhão de afogados e isso eu não ia deixar ocorrer logo nos primeiros segundos da nova esperança.
Tratando de exorcizar a consternação que insistia em se apoderar do sujeito homem questionei de pronto sua preciosa e tão ensaiada frase: Sem essa cara! Em verdade todo muito é gente boa até que se provem o contrário. Vamos deixar esse baixo astral de lado e comemorar a passagem do ano.
Não dei nenhuma fração de segundos para que Carlinhos pudesse reflexionar e tecer comentários sobre a contestação, pois apanhei o moribundo pelos braços, e o trouxe até as luzes da ribalta de onde jamais deveria ter saído.
Elias Carlos foi do inferno ao céu em questão de segundos, pois sua paixão Joanna Lee aparecera repentinamente cumprimentando pelas festividades, acendendo no coração ferido um candelabro de esperança, trazendo de volta a alegria tão necessária nos dias de hoje.
Atônito confesso fiquei; mas no embalo das festividades, apanhei o corcel negro da imensa roda viva, embarcando de vez no carrossel da oportunidade, cuja probabilidade de sermos felizes, esta no âmago de cada solitário viajante em busca de nossos sonhos recheados de sorrisos.
Realidade ou quimera?